21
Dez 10

-Amor, para onde vamos?
Já estávamos no carro de David a caminho do aeroporto.
-Não digo.
-Diz lá!
-Lá.
-Opá! Mau!
-Não sou mau.
-És sim. Ninguém faz isto a uma mulher recém-casada grávida!
-O Marido da mulher recém-casada grávida faz.
-Diz lá para onde nós vamos!
-Não é mais teimosa do que eu.
-Tens mesmo a certeza?
-Sim.
-Ai é?
-Sim.
-Então se é assim, acho que o Jonathan tem razão.
-Como assim?
-Aquele vibrador que ele me deu ainda vai-me dar muito jeito.
-É, gracinha. Quer saber mesmo para onde vamos?
-Sim!
-Então vê nas malas.
-As que tão lá atrás?
-Sim.
-Está muito longe. Não consigo lá chegar, já para não falar que dói-me muito as costas.
-Como assim?
-Ó amor, hoje estás só com o “Como assim?”?
-Então devia de me ver de manhã. Qualquer coisa que falavam sobre você era logo “Como assim?!”.
Dêmos os dois uma valente risada. David virava a cara algumas vezes mas eu dava-lhe sempre um beliscão na palma da mão que vinha agarrar a minha. Não gostava da ideia de ele virar a cara e não olhar para a estrada. Irritava-me profundamente quando ele fazia isso. E depois vinha com a desculpa “Você é tão bonita”. Claro, que quando uma mulher ouve estas palavras esquece o que se passou anteriormente mas a partir da trigésima segunda vez aprendi a dizer “David, olha para a estrada se faz favor”.
-Mas ainda não me contas-te. Para onde vamos?
-Para onde gostava mais de ir, Abu Dhabi ou Punta Cana?
-Hã?! Só podes estar a gozar! Tu sabes que eu odeio essas amostras de paraíso que depois não passam de países politicamente instáveis e de terceiro mundo mesmo, onde existem crianças e Homens a morrerem à fome se saímos das quatros paredes dos resorts!
-Impressionante. Você ficou mesmo traumatizada quando foi lá a Cuba?
-Sim! Completamente! Desculpa, fiquei lá uma semana e depois a meio da semana quando já estava farta da porcaria do resort pedi para sair do Hotel e o segurança do Hotel vem me dizer “Se tu sais o seguro do hotel deixa de ser válido”. Isso é algo do género, vais lá fora e se te roubarem e te espancarem não temos nada haver com isso. Mas que raio! Por favor! Diz-me que nós não vamos para esses sítios?
-Claro que não. Eu conheço você! Sei que você odeia esses sítios. Bem, então vou contar para onde nós vamos.
-Boa!!
-Paris.
-Paquê?!
-Paris.
-David! EU ODEIO PARIS! ODEIO!
-Não odeia nada. Você vai gostar.
-David – inspirei e expirei tentando manter a calma. Se fossemos para Paris a nossa Lua de Mel estava oficialmente estragada – Não, a sério. Eu odeio Paris. Primeiro, odeio França, segundo, odeio Francês, terceiro, odeio as politicas da França, quarto, Paris não é a cidade do amor. Queres mais razões?
-Você vai gostar. – Vi um pequeno sorriso maroto no David.
-Ah, ainda bem que não vamos.
-Vamos pois.
-Não vamos não.
-Vamos sim!
-David, és meu marido. Eu conheço-te. E sei, a partir das tuas expressões que não vamos a Paris.
-E eu ainda tento enganar você não é?
-Sim, ao que parece, ainda tentas.
-Nem sei como. – David volta a olhar para mim.
-Olha para a estrada.
-Você é linda já te tinha dito?
-Umas duzentas vezes mas sabes, eu quero chegar ao sitio da nossa Lua-de-mel intacta.
-Está-me chamando mau condutor?
-Não, se fosses “mau condutor”, não me transmitias esse teu amor.
-Hã?!
-David, não pescas mesmo nada de Física ou de Química pois não?
-Prefiro futebol. Deixo essas coisas para você.
-Eu até podia aplicar os meus acontecimentos, mas sem curso concluído é complicado.
-Isso é uma indirecta?
-Não, é direitinha para ti meu amor, não reparaste?
-Uí, estamos com gracinha hoje. Não devia ser a mulher mais feliz do mundo nas próximas semanas?
-E quem disse que não sou? Mas estou nervosa, e quando estou nervosa dá-me para ser irónica.
-É, é quando está nervosa e quando está na azia.
-Pois, mas quando estou na Azia a culpa é tua.
-Ai sim?
-Oui.
-Então mas você não disse que não gostava de francês?
-DAVID!
-Sim, Sra. Dona Catarina Marinho?
-Fica mesmo bem não fica? Catarina Marinho!
-Pois fica. Por acaso até fica.
-Agora, Sr. David Marinho, marido da Sra. Catarina Marinho, para onde vamos?

-Não consegue esperar um pouco? Estamos quase chegando ao aeroporto. Vai ver já.
-Ó David. Diz lá!
-Lá.
-Não acho graça.
-Pronto, posso dizer que você queria ir lá.
-Vamos a Veneza? Itália? Londres!?
-Não. Afinal parece que me enganei no destino.
-Ó meu Deus, não me digas que vamos para a Espanha! É que, para irmos para a Espanha, o Algarve fica a duas horas daqui!
-Casmurra. Vá, já chegamos!
David estacionou no parque subterrâneo, nem tomei atenção em que piso ficamos. Acho que estava tão excitada para saber onde íamos que nem me importei se ficávamos no piso -2 ou -1. Como um verdadeiro cavalheiro, David levou todas as malas. Eram duas, mas não fazia a mínima ideia como é que estava organizado. Só tinha a certeza de uma coisa, que uma mala era enorme e outra gigante.
-Porque é que trouxeste tanta roupa?
-Então, nunca se sabe como vai estar o tempo lá em… Sua diabinha! Já ia dizendo para onde íamos!
-David, quando fizermos o check-in vou saber.
-Sim… Mas quanto mais tarde melhor.
Entramos dentro do aeroporto, impressionante como tinha quase tantas pessoas como de tarde, pessoas de todo o mundo estavam naquele aeroporto, tradições diferentes, línguas diferentes, crenças diferentes, mas tínhamos uma coisa igual, éramos todos seres humanos, e eu a mais feliz daqueles todos ali presentes. Sorri sem razão, apenas pelo simples facto de estar feliz. Acho que foi daqueles sorrisos sinceros, que se sorri sem ter razão apenas porque sim e porque sentimos algo verdadeiro e forte. David olhou para mim e também sorriu. Mas acho que ele sorriu por causa da minha figura de parva.
-Porque está com esse sorriso? Parece o Ruben! Sorriso de orelha a orelha.
-Porque sou a mulher mais feliz do mundo. E tu?
-Eu o quê?
-Ok.
-Hã?
-Devias de ter dito, sou o homem mais feliz do mundo mas pronto.
-Mas ainda é preciso dizer isso? Não se nota?
-Não sei.
David parou o carro onde das malas e agarrou-me no braço. Olhou-me nos olhos e a sua mão subiu para o meu rosto. Encostou a outra mão nas minhas costas e puxou-me ligeiramente para a frente, bem pertinho dele e deu-me um beijo. Daqueles beijos em que sentimo-nos seguras e concretizadas, felizes e desejadas.
-Você acha que eu não sou o homem mais feliz do mundo? Como não podia ser, se estou ao lado da mulher mais linda, mais fantástica, mais perfeita em todo o mundo, que se casou comigo e que está a carregar em si os meus primeiros dois filhos. Como é que eu não podia ser o homem mais feliz do mundo?
Abracei o David, acho que foi das palavras mais sinceras e mais lindas que ele alguma vez me tinha dito, o elogio mais lindo de sempre.
-Eu amo-te David, nunca te esqueças disso. Nem mesmo quando o mundo tiver a desabar, recorda-te destas minhas palavras. Eu amo-te. Pois só tu importas e mais ninguém. – sussurrei-lhe ao ouvido.
-Também te amo meu anjo. Irei sempre me recordar dessas suas palavras. Te Amo. – Disse David, fazendo o mesmo que eu. Agarrou-me na mão e eu percebi que o tinha que largar. Tínhamos uma avião para apanhar e se perdêssemos a surpresa de David ia ficar estragada.

David agarrou-me na mão e puxou para cima das malas, no carrinho.
-Ao menos assim não está sentada e pode ir à descansar.
-És um anjo.
Chegamos ao check-in e comecei a olhar para os nomes dos destinos. Londres, Paris, Hawai, Amesterdão, Abu Dhabi, São Paulo, Rio de Janeiro, Japão… O David olhava para todas as placas a olhar para o destino e continuava a andar. Até que parou. Olhei para as placas que estavam de um lado e de outro. Do lado esquerdo uma dizia Roma, a do lado Direito Praga.
-Para onde vamos?
-Para onde gostava de ir?
-Com estes destinos tão bons, não sei mesmo. Estou dividida.
-Pois, mas já está escolhido. E acho que você vai gostar. David virou o carrinho para direita e imediatamente sorri. Iamos para Praga. Saí do carrinho com a ajuda do David, e abracei-o logo. –Ó amor, que grande escolha! Adoro!
-Já foste lá?
-Não, mas era um sitio que tinha em mente para visitar! Obrigada. Conheces-me mesmo bem. – Agarrei-lhe no cabelo e com jeitinho puxei-o para perto de mim. Dei-lhe um beijo como as tias costumam dar. David fez uma cara esquisita e sorriu logo de seguida. 
-Que foi isso?
-Não gostas-te? Pensei que gostavas sempre dos meus beijos.
-É, pareceu daqueles beijos falsos que as meninas ricas dão aos namoradinhos.
-Então, vamos lá ver… O meu namoradinho não é rico? Então, eu não sou rica, mas se tu és… - Não pude deixar de rir com a cara que o David tinha feito. A sobrancelha dele subiu ligeiramente para cima, as rugas na testa notavam-se e a sua boca estava aberta. Voltei-lhe a puxar os caracóis e dei-lhe um verdadeiro beijo, daqueles em que as outras pessoas olham e dizem sem conhecer o casal “está ali um grande amor”.
-Desculpem… Podem-se chegar à frente? – Dizia a senhora que estava na zona de Check-in.
-Claro, claro. Desculpe. – Dizia o David meio atrapalhado. Achei graça, David era daquelas pessoas muito discretas. Não se importava se viessem adeptos ter com ele mas não gostava de aparecer em revistas. Nem gostava que andassem a falar dele. Eu era igual, mas aparecer em revistas ainda me fazia muita confusão. O David já agia de forma normal. Eu ainda estranhava. Enquanto ele tratava da papelada eu lembrava-me das únicas vezes que tinha ido de viagem. Já tinha ido a Palma de Maiorca, a Londres e ao Brasil. Já ia fazer a minha quarta viagem graças ao David, sem ele neste momento estava talvez no desemprego, desesperada à procura de emprego neste país. Talvez ainda estivesse sozinha, solteirona. Sem me sentir feliz. Tenho a certeza que sem o David tudo iria ser muito diferente.
-Vamos?
-Sim. – Agarrei na mão dele e coloquei o braço dele em cima dos meus ombros e o meu braço nas costas dele. David ainda tinha uma mala na mão. Devia de ter o portátil e outras pequenas coisas.


Dentro do avião:

-Bem… Menos luxos não? – Já passava da meia noite. O voo estava marcado para a meia noite e meia mas nós já estávamos lá dentro. Estavamos em classe executiva. Nem queria saber quanto é que não tinha custado um bilhete de avião daqueles. Era impressionante, os bancos eram fofos e enormes e à nossa frente tínhamos uma pequena televisão. Já tinha andado com o David de avião mas no outro não houve este tipo de qualidade. Era impressionante. Mal chegamos ao avião as senhoras (que falavam um inglês horrível! Viajar em companhias da República-Checa tem este se não, O sotaque horrível).
-Nem sabes como estou contente! Temos tanta coisa para visitar! O Castelo de Praga, a Catedral Gótica que está dentro do Castelo, temos que visitar as pontes que devem ser lindas. Já para não falar de todos os museus! Sabes que Praga é uma cidade com uma arquitectura linda? Estou ansiosa!!
-Aii… Que 5 cinco dias complicado que vão ser. Sorte é que depois vamos para outro sitio.
-Hã?
-Sim.
-Não acredito! Ainda vamos a outro sitio? Onde?! Eu quero saber!!
-Não digo é surpresa.
-David!
-Não digo!
-Óh amorzinho…. – Olhei ele nos olhos e fiz um beicinho – diz lá…
-Não.
-Óh. Vou ficar chateada!
-Vá, posso-te dizer uma coisa.
-O quê?
-Afinal não são cinco dias.
-Então?
-São quatro. Partimos no dia quinze e vamos para…
-Para…?
-Para tantarantantan e ficamos por lá seis dias e vamos para tururururu descansar um pouco.
-Tantaran… Turururu? David… Conta!
-Não.
-Ó David.
-Não!
-Também não faz mal. No dia 23 temos que estar em Portugal.
-Porquê?
-Por causa da ecografia.
-Pois é! A ecografia!! É desta que vamos ficar a saber o sexo dos bebés?
-Sim, se eles deixarem.
-Que bom!! Vão ter quase 5 meses aí não é?
-Segundo o médico, quatro meses, duas semanas e um dia.
-Estou vendo. O que é que nós fizemos no dia onze de Fevereiro?
-Queres mesmo que te diga ou chegas lá sozinho? Olha posso-te dizer o sitio. Na cama do teu quarto.
-É, gracinha. E não é meu, é nosso.
-Sim, claro. Nosso! Acho que ainda não me habituei à ideia.
-A partir do momento em que nós casamos tudo o que é meu, é seu também.
-De ti só quero o teu amor, os teus carinhos, os momentos que temos juntos.
-É por isso que eu casei por você. Agora aproveita a viagem para dormir.
-Está bem. – Encostei o banco para trás e por incrível que parece deixei-me dormir. Estava cansadíssima e precisava de dormir. A viagem ainda era três horas. Dava para dormir uma boa “sesta”.
-Catarina, meu amor, acorda. Estamos chegando.
-Hã? Já? Foi rápido. – Disse meio ensonada.
-Rápido não foi. Você dormiu toda a viagem…
-Não dormi nada!
-Não… É claro que não dormiu a viagem toda… Você está acordada agora.
-Está bem. Que sono…
-E você não me deixou dormir.
-Eu? Porquê?
-Porque você se virou para mim e ficou a dormir, descansada, perfeita e linda… E eu fiquei o tempo todo a olhar para você.
-É impressionante.
-O quê?
-Como é que ao fim de tanta coisa, de tanto tempo ainda me consegues embaraçar.
-É, sou muito bom não sou?
-Ah-ah. Não gosto de ti. – disse eu como as meninas pequenas fazem quando estão chateadas. Fiz beicinho e cruzei os braços.
-Mais do que nunca sei que isso é mentira. – Disse o David e logo de seguida deu-me um beijo na testa.
-Convencido.
“Dámy a pánové, zapněte si bezpečnostní pásy, protože jdeme na přistání. Díky”
-O que é que ela disse?
-Não sei amor, espera pela tradução em inglês.
-Fico na mesma.
“Ladies and gentlemen, fasten your seat belts because we're going to land. Thank you”
-Coisa que eu ainda não sabia, até parece que o mapa que está no ecrã não diz isso.
-David! Não sejas assim… Quando estás com sono és impossível.
-Pronta para ficar os próximos 50 anos aturar isto?

Hotel Palace de Praga:

-Isto é…
-Isto é?
-Como o nome diz, um palácio…
-Gostou?
-Se gostei? Já viste bem a entrada do Hotel? Meu Deus… É real?
-É pois…
-Se não fosse tão tarde até ia dar uma volta ao Hotel mas já estou quase a morrer.
-Hã?! A quê? Quer ir ao hospital? É melhor, eu vou chamar…
-David! É uma maneira de dizer, estou cansada. Tem calma.
-Você me prega com cada susto.
-Eu? Não tenho culpa de nada disso. Adoro a decoração do quarto. Cores tão lindas – O quarto do hotel era lindo, os tons de pastel das paredes e das colchas traziam tranquilidade. A Cama de casal gigante, a vivenda gigante, a casa de banho gigante com uma banheira gigante… Uma pena que nós não pudéssemos aproveitar tudo daquele hotel no máximo.
-Eu sabia que você ia gostar. Tem a sua cara.
-Ainda bem que me conheces tão bem. Agora, qual é a minha mala? Quero um pijaminha.
-É a castanha. Eu não sei o que a mala tem, foi à Cátia que a fez.
-Ui… Ainda bem que foi ela que fez, se fosse a Lúcia estávamos bem lixados.
-Porquê?
-Porque as roupas que ela iria pôr de certeza que eram apropriadas para Lua-de-mel para “não-grávidas”.
-Não vejo qual é a diferença.
-Simples, as não grávidas podem fazer sexo, nós não.
-Você ouviu bem o que o médico disse, não havia problema em…
-Claro que não há problema, só há alguns casos de aborto. Prefiro não arriscar. Sexo só depois do nascimento.
-É por isso que casei com você.
-Por só fazer sexo depois dos bebés nascerem?
-Não. Por ser tão parecida comigo, por ter as mesmas ideias que eu, o mesmo estilo de vida. Você é perfeita.
-Obrigada amor. – David ao ver as minhas dificuldades em puxar a mala para cima da cama, vem ter comigo e agarra na mala só com uma mão e levanta-a para cima da mesa. – Obrigada David, mas podes tirar. Não estou com paciência para tirar o pijama… Quero mesmo dormir. Estou tão cansada.
-Claro meu anjo e amanhã vai ser um longo dia não é?
-Sim, claro. Temos que ir ver se o hotel faz algumas visitas mas o melhor mesmo é irmos por nós.
-Alugo carro?
-Não, não é preciso, vamos de táxi ou de autocarro.
-Claro, eu venho de Lua-de-mel e vou de autocarro. Você é mesmo tontinha.
-Tontinho és tu. Queria ver tu a andares de carro por aqui. Perdias-te logo.
-Você acha mesmo?
-Claro que sim, tu em Lisboa já te perdes quanto mais aqui.
-Só me perdi duas vezes com você presente.
-Aí está, só duas comigo presente. Quantas vezes já telefonas-te ao Ruben a pedir indicações?
-Não digo.
-David... Diz lá meu amorzinho.
-Quando foi no inicio, algumas. Agora quase nunca.
-Que pena.
-O quê?
-Não te ter conhecido antes.
-Concordo.
-Concordas?
-Sim.
-Não entendi esta.
-Então, é simples, se te conhecesse à muito tempo, já há muito tempo que era feliz, a teu lado.
-Aí estás me a deixar sem jeito.
-Gosto de ver você assim.
-Vou-me deitar! É o melhor que faço.
Deitei-me na cama e David fez o mesmo, ao meu lado, agarrado a mim. Mas deixou a luz acesa.
-David… David… Ó David!
-Sim…
-A Luz.
-Estava a ver que nunca mais perguntavas. Queres ver? – David bate duas vezes palmas e as luzes apagaram-se.
-Estás a gozar certo?! Não acredito.
-Dorme agora, amanhã o dia vai ser comprido.

publicado por acordosteusolhos às 22:49

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