30
Ago 10

Acordei com um cheirinho muito bom. O David já não estava na cama e já me sentia muito melhor. A garganta não me doía, já não estava com febre e sentia-me muito bem. Sai da cama e fui para a cozinha. Espreitei e vi ele a fazer torradas. Reparei na perfeição daquele sujeito de caracóis que era meu namorado. Sentia-me completa a seu lado e não queria que nada acabasse. Ele olhou para trás e viu-me, fez um sorriso que mostrou todos os dentes.
-Bom dia meu amor. Tudo bem?
-Óptimo, estás melhor?
-Sim David, estou. – Dei lhe um beijo e agarrei por trás.
-Senta-te no sofá. Já te levo a comida lá.
-Ok.
Comemos com brincadeiras à mistura. Nesse altura fiquei com uma certeza, podíamos casar que não iríamos separarmo-nos tão facilmente.
“Ding-dong”. O som da campainha fez-nos despertar do planeta onde estávamos.
-Eu vou lá, fica aqui David. – Abri a porta e vi o Ruben
-Catarina?! Então mas tu e o… Mas…
-Bom dia Ruben – cumprimentei-o com dois beijinhos – David vem cá, é o Ruben. Vou tomar banho.
-Meu irmão! Entra aí! Já comeu?
-Já, já. Então tu e ela não estavam… Já não entendo nada.
-Eu conto a você, senta aí.

*
-Ah, então já está tudo bem…
-Sim.
-Então pronto. Bem, vou-me embora que vocês devem querer matar as saudades.
-Porque é que não almoças connosco Ruben? – Perguntava enquanto saia da casa de banho para entrar no quarto.
-Boa ideia, fica para almoçar connosco!
-Hum… Não quero andar aqui a servir de vela. É melhor não.
-David, convenci-o.
-Ok, meu, se não ficares ela vai-me torturar a vida.
-Mentira David! Não sejas mentiroso!
-Ok, eu fico.
-Boa! – Dizia David com um sorriso nos lábios. – Vou me vestir e da que nada saímos. – Dizia a Ruben que ligava a TV enquanto David ia para dentro do quarto.
-Catarina. Já estás vestida? Estás rápida!
-Sim, enquanto tu vais tomar banho eu vou ao Tivoli pagar a conta e ao banco cancelar o teu cartão.
-Está bem então… Dá me um beijo.
-Não dou.
-Porquê?
-Porque é vigança.
-Do quê?
-De estares “cansado” ontem.
-E estava.
-E eu também. No entanto…
-Deixa-te de coisas e dá-me lá um beijinho. Só um…
-Não – passei por ele a correr e sai do quarto.
-Parva.
-Idiota! – Voltei atrás e dei-lhe um beijo na bochecha enquanto ele estava a guardar os chinelos. – Assim está melhor?
-Um bocadinho. Levas o outro cartão para pagar?
-Não.
-Então vais pagar como?
-Com o meu dinheiro.
-Casmurra! Leva este cartão. Temos que fazer uma conta conjunta.
-Está bem, depois fala-se disso. Adeus Ruben.
-Adeus Catarina.
Sai de casa e fechei a porta com força. Tinha que ir ao Hotel pagar o quarto e trazer as coisas, ao banco cancelar o cartão do David (nem sabia como pois ele era o único que podia fazer) e ainda ajustar contas com a Lisa. Não tinha tempo para tudo então decidi ligar com o David mas com que telemóvel? Tinham-mo roubado e já estava longe de casa. Tive que ir a uma cabine telefónica.
-Sim, David. Olha, não vou ao banco. Telefona tu para lá, ok babe? Beijinhos. Também te amo.
Entrei dentro do carro outra vez e fui para o Hotel.
-Menina? Não a vi sair.
-Bom dia! Isso é porque não dormi cá.
-Não? Já está com melhor cara.
-Você tinha razão. Já pensou ir para psicólogo?
-Não está nos meus planos menina.
-Devia pensar no assunto. Bem, vou pagar o quarto que já estou atrasada.
-Muito bem menina.
Antes de ir pagar tive que ir ao quarto buscar as coisas. Era só uma mochila que estava lá e duas camisolas. Despachei-me e fui a correr para a recepção.
-Bom dia! Queria pagar o quarto.
-Já se vai embora?
-Nem fiquei cá.
-Espere um bocadinho então. São duzentos euros menina. Vai pagar em dinheiro, cartão, cheque?
-Cartão. – Ao mesmo tempo que estendia a mão. Vi o anel de namoro outra vez, desta vez já não me senti triste, nem com dor no peito mas uma alegria imensa.
-Aqui está menina, basta pôr o código. – Pus o código apressadamente, queria ir me embora o mais rápido possível. – Já está, espere um pouco enquanto vou buscar uns papeis. – O empregado voltou num instante e trouxe-me uma carrada de papéis que nem sabia para que serviam. Metade deles eram daqueles para deitar para o lixo. – Obrigada e volte sempre.
-Espero que não volte por esta razão. – sussurrei – Obrigada!
Sai do hotel e despedi-me do porteiro, ele que tinha sido uma grande ajuda na minha reconciliação com o David. Agora era tempo que falar com Luísa.

publicado por acordosteusolhos às 20:58

Ui a conversao que ai vem promete xD
Espero pelo próximo...
Anónimo a 30 de Agosto de 2010 às 21:45

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